Introdução

Seja bem-vindo a este “blog”!

O meu objetivo é o de colaborar para a construção de um mundo melhor. Com este intento, pretendo que este espaço seja recheado de pensamentos, poemas, poesias, quadras e textos de minha autoria e de autores diversos.

Espero que a leitura das matérias aqui publicadas lhe tragam descontração e prazer.

Meus dados biográficos:

Gustavo Dantas de Melo, natural de Borda da Mata/MG. Sou filho dos saudosos Agenor de Melo e Maria Dantas de Melo. Casei-me com Maria Jóia de Melo, filha do comerciante Luiz Jóia Orlandi e Maria Delfino Jóia, donos do antigo “Bar do Ponto”, que serviu como o primeiro terminal rodoviário de Borda da Mata. São nossos filhos: Regina Maria (namorado Rafael), Luiz Gustavo (casado com Adriana), Rosana Maria (casada com Darnei) e Renata. Netos, por ordem de chegada: Gabriel, Mariana, Gustavo, Ana Júlia, João Vítor e Ana Luíza.

Advogado, professor secundário e universitário. Promotor de Justiça dos Estados de Minas Gerais e de São Paulo, tendo sido titular das Comarcas de Bueno Brandão/MG, São Luiz do Paraitinga, Cruzeiro, Mogi das Cruzes e São Paulo. Encerrei a carreira ministerial como Procurador de Justiça de São Paulo/SP. Atualmente, exerço a advocacia em Borda da Mata, minha cidade natal e na região do Sul de Minas Gerais.

Autor da obra “Reflexões”, editada pela APMP, em 2001, uma coletânea selecionada de artigos publicados durante o período em que fui diretor chefe do jornal “A Cidade” de Borda da Mata. Em 2009, trouxe à lume minhas “Farpas do Coração”, um livro de memórias, em que registro fatos vivenciados em quase meio século de vida familiar, social e profissional. Ao mesmo tempo, revelo personagens e acontecimentos pitorescos da querida cidade natal, transmitindo, sobretudo, minha experiência ministerial e vivência na cátedra do magistério universitário, ao abordar temas políticos e jurídicos de manifesto interesse nacional.



quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

"Alegria do dever cumprido"


          A marcha implacável do tempo está sepultando o velho ano de 2012, com os seus bons e maus momentos. É hora de se dar um balanço nas atividades desenvolvidas ao longo do ano e fazer uma revisão necessária para prosseguir a jornada.
Logicamente não foram só rosas, mas os espinhos também nos machucaram os pés no caminhar do dia a dia. As rosas, com seu perfume inebriante, foram as muitas alegrias e estímulos que sentimos ao longo do ano, mercê da bondade do Senhor. E os espinhos foram as tristezas das decepções e mágoas normais do relacionamento cotidiano. Mágoas causadas pelo egoísmo, característica do ser humano que busca o próprio interesse e não percebe a prática da injustiça e do desamor. Tudo, porém, já está superado pelo perdão, que é redentor. O rancor não faz bem ao coração. É melhor esquecer, mesmo porque de criaturas humanas, com suas falhas e limitações, não se pode esperar a perfeição.
          O mais importante é podermos sentir no íntimo a sensação de paz que traz a alegria do dever cumprido. É ter a certeza de que trabalhamos muito em 2012, principalmente pela comunidade, dando continuidade ao Projeto “Construir Vidas” da Guarda Mirim Irmã Martha.
          Sabemos que 2013 será um ano difícil para a entidade. Alguns recursos necessários à sua manutenção vão ser cortados. Precisamos mais do que nunca da compreensão daqueles que pagam imposto de renda, para direcionar ao FIA, em abril próximo, parte do imposto devido ao governo federal. A própria lei faculta esse gesto em favor das crianças e adolescentes de nossa cidade. Mas, por incrível que pareça, muitos preferem mandar essa parcela disponível do seu IR para Brasília do que deixá-la em Borda da Mata. É pena tamanho desperdício de recursos!
         É hora de agradecermos ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, ao Prefeito, aos nossos empresários e colaboradores, diretos e indiretos. Todos aqueles que, de alguma forma, ajudaram na manutenção da Guarda Mirim. E, felizmente, foram muitos os que nos prestigiaram, reconhecendo o valor e alcance social desse notável trabalho de promoção de vidas.
         Estamos perto de completar 23 anos de existência. Nossa Diretoria e Conselho Fiscal são constituídos de elementos capazes e probos, dispostos a dar continuidade a esse relevante trabalho voluntário. Deixar de apoiar a entidade, podendo fazê-lo, sem qualquer ônus financeiro, é um pecado de omissão, grave e imperdoável.
          Nesta oportunidade, queremos desejar a todos um Próspero e Feliz 2013, sob as bênçãos de Deus e a proteção de Nossa Senhora do Carmo! Que a saúde conserve em cada um a alegria de viver e que todos os seus sonhos e projetos se transformem em realizações!
          Borda da Mata, 26 de dezembro de 2012.
          Gustavo Dantas de Melo

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

"Lembranças de Natal"

           Está chegando uma época toda especial. Com a aproximação do Natal, em cada coração renasce o amor. O suave encanto do saudoso tempo de criança, o embalo das lindas canções, o tanger do sino da velha igreja, a missa do galo à meia noite, que não podíamos perder e, sonolentos, aguardávamos a hora. Já de manhã, ao despertar, a alegria de recebermos o presente esperado, que, misticamente, aparecia ao lado dos nossos sapatos.
Lembranças que guardamos na memória, desse tempo bom e feliz da infância. O carinho de nossos saudosos pais e tios, que tão bem nos acolhiam e sempre tinham algo para nos oferecer, com generosidade ímpar. Todos esses gestos de amor e afeto ficaram gravados no mais recôndito de nossos corações e constituem a nossa melhor recordação. Na verdade, é a força que nos impulsiona a procurar retribuir tanto carinho, através das pessoas que Deus nos reservou em nossa caminhada terrena.
Quem recebeu muito amor, obteve essa moeda de valor nominal singular e inesgotável. Tornou-se rico demais e, assim, pode esbanjar à vontade a moeda do bem querer a todos quantos cruzam o seu caminho. Quanto mais gasta, ainda mais tem para oferecer. É o verdadeiro milagre de multiplicação do carinho.
Não conseguimos entender a antítese do amor que vem assustando o mundo moderno. O ódio está dominando tantas pessoas que explodem sua revolta em intermináveis e graves conflitos.
Ainda ontem causou consternação mundial a chacina praticada pelo jovem norteamericano, no recinto sagrado de uma escola. Ali matou, covarde e friamente, 20 crianças e 06 adultos. Que absurdo! 
Parece incrível, mas ainda há também povos e nações capazes de lançar bombas, mísseis e projéteis contra crianças e pessoas inocentes, causando destruição e morte! É a violência gerando violência cada vez maior, pondo em perigo a paz social e trazendo séria ameaça de nova guerra mundial.
Presenciamos, nos dias de hoje, o avanço da tecnologia e das ciências humanas, o que é importante para o progresso da humanidade. Mas a evolução parece estar restrita à matéria. Lamentavelmente, os homens e as nações buscam, cada vez mais, o poder e a posse dos bens materiais. Os valores espirituais e o respeito à natureza ficam esquecidos e postos em segundo plano.
Que a chegada do Natal, a vinda do Menino Deus, que se fez homem para nos abrir as portas do paraíso, possa despertar um novo sentido de humanidade, compreensão e amor a todos os povos da terra!
Que a paz possa reinar nos corações, através do perdão e do diálogo, assegurando melhores dias em convivência fraterna! Afinal, sendo Deus nosso Pai, somos todos irmãos!
Borda, 17/12/2012.
Gustavo Dantas de Melo

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

"A Lição Maior"

          O Natal é, sem dúvida, a época mais bela do ano. As cidades se enfeitam, se enchem de luzes. O comércio se agita. Não é somente a doce lembrança dos bons tempos de criança. Um sentimento forte nos invade. Um desejo imenso de expressar aos nossos entes queridos o amor que sentimos. Daí a vontade de mandar cartões e abraçar a todos os que amamos.
Sentimos que a vida é breve. A cada ano que passa, percebemos que não podemos perder tempo. Ainda há oportunidade de abraçar e reconhecer o quanto nos faz bem amar e ser amado. Este é o verdadeiro sentido da vida. É, por Amor, que o Aniversariante do Natal veio a este mundo. Jesus veio para nos trazer a salvação e a possibilidade de sermos verdadeiramente felizes!
Permitam-me, caros amigos, trazer-lhes esta singela crônica de minhas "Reflexões". Num momento de luz e inspiração, consegui buscar no mais recôndito do coração o significado de tão lindo acontecimento que dividiu a história da humanidade.
"Quando fiz o Cursilho de Cristandade, no Convento Santa Clara, na cidade de Taubaté/SP, em 1971, tive a sensação de que a graça inundou o meu íntimo.
Quando na palestra de “Estudo”, o dirigente leigo falou do nascimento de Jesus, na cidade palestina de Belém, destacou a realidade do acontecimento que dividiu a própria história humana, no antes e depois de Cristo. Não era assim um fato irreal, um conto de fadas, mas um fato verídico de que o filho de Deus armara sua tenda entre os homens. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós”, como ensina a Sagrada Escritura. Inclusive, destacou o detalhe de que Jesus fora um homem de estatura elevada, conforme impressões de seu corpo deixadas no linho puro do santo sudário, relíquia que a Igreja até hoje conserva no Vaticano.
Mais do que nunca senti a importância desse acontecimento: um Deus que se fez verdadeiramente homem, simples, como qualquer um de nós. Que foi gerado no seio bendito de Maria, fazendo em tudo a experiência de humanidade, o que significa viver e conhecer os problemas humanos, exceto o pecado. Em outras palavras: um coração para bater com afeto humano, mãos para estender, apoiar e socorrer, ouvidos para escutar os pedidos, olhos para enxergar e pés para caminhar nas estradas da terra. Esses detalhes nos aproximam demais, principalmente pelo fato de que trouxe a mais estupenda revelação de que Deus, seu Pai, é também nosso Pai e, conseqüentemente, Ele, Jesus, é um nosso irmão mais velho.
Desde criança sinto a beleza da noite de Natal, despertando em todos nós os melhores sentimentos de paz, amizade e amor. Mas, a partir daquele Cursilho, pude compreender a lição maior, o gesto de bondade do filho de Deus que se fez homem para nos salvar, abrindo-nos as portas do paraíso, pois viera para trazer-nos vida e vida em abundância.
A manjedoura nos traz a lição da humildade e da simplicidade que torna vazia e fútil toda espécie de orgulho, arrogância e vaidade. É a bondade de Deus que quis nascer no meio de nós, e estar ao nosso lado, face a face, ombro a ombro, como companheiro e, sobretudo, amigo, que nos permite abraçá-lo.
O Natal é esta boa nova:
'Deus se fez verdadeiramente humano'."
Gustavo Dantas de Melo
Borda da Mata, 29 de novembro de 2.012
(Extraído do meu livro "Reflexões", ano 2001, Editora APMP, página 39).

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

"Dialogar é preciso"

          Não me canso de falar sobre a escola da vida. Muitas pessoas simples nos dão exemplos e testemunhos que nos causam grande admiração. É muito importante a educação, a formação moral do homem, o patrimônio cultural e religioso; mas não menos importante é a humildade. Principalmente o bom senso e a capacidade de reconhecer, respeitar e dar valor ao ser humano, por mais simples que ele seja. Quantas vezes atropelamos as pessoas em nossas conversas, sem paciência para escutar o que elas nos têm a dizer! E isso acontece com freqüência, mormente quando falamos com os mais humildes.
Todos precisamos aprender a dialogar, saber ouvir, respeitar, porque o outro tem também o seu recado. A idéia do outro pode ser muito melhor do que a nossa e, talvez, de grande valia para a solução dos problemas humanos. Os mais humildes nos dão grandes e preciosas lições que, tantas vezes, nos chegam a surpreender!
Já narrei, em outra oportunidade, um episódio marcante em minha própria atividade funcional. Nos idos de 1975, quando visitava o presídio da Comarca de Mogi das Cruzes, onde era presidente da Associação de Proteção e Assistência Carcerária (APAC), entrevistei um preso de alta periculosidade. Aguçava-me a curiosidade de saber a razão de sua conduta antisocial. Às minhas perguntas, foi narrando detalhes de sua vida, como o fato de não ter sequer conhecido sua mãe e seu pai verdadeiros. Fora criado por um casal, tendo perdido cedo sua mãe de criação e seu pai adotivo era homem violento e viciado no álcool, que o surrava habitualmente. Meu entrevistado era analfabeto e foi menino de rua. Não teve irmãos, nem conheceu jamais outros parentes. Enfim, praticamente não teve família, nem berço, nem amor, nem sequer a felicidade de frequentar uma escola e de ali adquirir alguns conhecimentos e se socializar no convívio de colegas, amigos e professores.
Não é preciso dizer que, sem família e sem escola, tivera uma infância sofrida e infeliz; via de consequência, tornou-se um adulto problema. Sair da cadeia para ele nada significava, porque não tinha parentes, nem amigos, nem sequer um lar para recebê-lo de regresso, após o cumprimento de sua pena. Daí me pareceu fácil entender os motivos porque acabou se tornando um marginal, explodindo a revolta que explodia em seu peito contra todos, fazendo com seus crimes vítimas inocentes. O entrevistado acabou provando para mim sábia lição filosófica e da experiência dos psicólogos e sociólogos de que “O HOMEM PRECISA MAIS DE CARINHO DO QUE PÃO”.
De fato, toda criança que recebe o carinho de seus pais e apoio de seus familiares torna-se uma pessoa equilibrada e sem dificuldades no relacionamento com os outros. Saberá amar, respeitar, e querer bem o próximo porque seus sentimentos estão em harmonia no seu íntimo. Já aquela que se torna vítima do desamor, do abandono e da violência não terá condições psicológicas para um desenvolvimento mental sadio.
O ser humano é por demais sensível. Somente será feliz se for amado, no sentido verdadeiro da palavra amor. Gostamos que os outros nos chamem pelo nome, nos respeitem e nos dêem valor. O bem querer faz bem ao ego e é um remédio eficaz capaz de amenizar a própria dor. A rejeição, o abandono e o desprezo, ferindo o amor próprio, talvez seja a causa primeira das doenças do corpo e da alma.
Agora que o Natal se aproxima, sentimentos de amor e paz povoam os nossos corações. Gostaríamos de enviar cartões para todos os amigos mais chegados e parentes. Aqueles que estão sempre juntos de nós e que temos certeza de que nos querem bem de verdade. Que bom é sentir o gosto de amar e saber que também somos amados, do jeito que somos, com nossas qualidades e defeitos! Que bom acreditar que o Aniversariante do Natal veio para perdoar e salvar!
         Que essa reflexão possa ajudar a todos nós, que somos pais e temos responsabilidades junto à comunidade, a meditar sobre as reações humanas e melhor compreender as atitudes daqueles com quem convivemos. Cada um de nós é diferente do outro, pois, a rigor, ninguém conhece ninguém tal como ele é na profundidade do seu ser. Por isso, toda pessoa humana merece respeito e compreensão. Ninguém pode condenar o outro, sem risco de estar errando, através de juízos sempre incompletos e precipitados!
Ninguém pode se considerar dono absoluto da verdade, julgar que sabe tudo e que nada mais tem a aprender. Se assim pensa, certamente, um dia acabará por receber novas e surpreendentes lições da escola da vida!
Gustavo Dantas de Melo
          Borda da Mata, 22 de novembro de 2000.
(Texto extraído de meu livro "Reflexões", Editora APMP, 2001, páginas 31/32)

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Tributo a Wilson Jóia

        Na vida somos eternos aprendizes. Do nascimento à morte, conhecemos pessoas, vivenciamos acontecimentos e experiências que, ao longo dos dias, conservamos na memória. Algumas dessas pessoas e alguns fatos, pela sua importância, foram marcantes.  Por esta razão, destes jamais nos esquecemos.
        Uma destas pessoas singulares e especiais em minha existência foi meu cunhado Wilson Jóia. Era um homem realmente diferenciado com quem mantive laços fraternais como compadre, amigo e colega. Sua memória ora reverencio, neste “Dia de Finados”, com saudade, admiração e profundo respeito.
        Guardo na lembrança a época de nossa juventude. Afilhado de meus saudosos pais, frequentava nossa casa. Era nosso particular amigo, mas principalmente do Narcy, meu irmão mais velho. Foi seu colega durante todo o curso na Faculdade de Direito de Bauru e, mais tarde, seu sócio de escritório profissional. A vida inteira cultivaram esses laços fraternos, de especial amizade. Gostavam de reunir-se, periodicamente, em São Paulo, confraternizando-se inclusive com outros companheiros dos bancos acadêmicos.
        Ainda em nossa mocidade, recordo-me do excelente esportista que foi, como “craque” do América Futebol Clube, clube rubronegro que fez história em Borda da Mata. Inclusive estou vendo, nitidamente, o “video-tape in memoriam” do golaço de cabeça que marcou contra o Rio Branco de Andradas, no antigo Estádio das Amoreiras. Foram muitas também as partidas de “vôlei” disputadas como destacado integrante de nossa seleção bordamatense, os famosos “voley-boys” desta região.
         Importante também ressaltar sua indispensável participação, nos períodos de férias, dos tradicionais “frangos no mato”, programados em recantos aprazíveis de nossa terra natal. Impossível nos esquecermos desses alegres momentos, com sabor celestial. Era a festa da amizade, confraternização de uma turma unida, sempre animada pela voz incomparável de Almir Ribeiro, meu primo cantor que nos proporcionou o privilégio desta feliz convivência.
        Em outros aspectos, os ideais que animaram nossas vidas foram em tudo bem semelhantes. Wilson ingressou no Ministério Público de Minas Gerais, no início dos anos 60, tendo sido promotor de justiça em Bueno Brandão, sucedendo meu irmão Narcy de Melo. Algum tempo depois, ingressou no Ministério Público de São Paulo. Foi, então, que, em dezembro de 1.966, exonerou-se da promotoria de Bueno Brandão, na mesma data em que, por ter sido aprovado em concurso, fui nomeado promotor de justiça daquela comarca mineira. Em fevereiro de 1.969, a exemplo de Wilson, acabei conseguindo aprovação em novo concurso e também fui nomeado promotor de justiça do Ministério Público Paulista.
        Conservo na memória sábia orientação de meu saudoso homenageado, homem estudioso e preparado para vencer os obstáculos da carreira que iríamos abraçar. Quando conversávamos a respeito das matérias e temas prováveis dos concursos, além do seu incentivo, fez-me uma observação importantíssima. Trata-se de uma frase lapidar, que vale como regra de vida:
        “Se outros conseguiram, certamente nós também vamos chegar lá!”
        Caminhamos juntos no exercício funcional e ambos chegamos à Procuradoria de Justiça. Atuamos em comarcas próximas, como na época em que passou por Lorena, estive em Cruzeiro. Mais tarde, quando veio para São Paulo, algum tempo depois fui promovido para Mogi das Cruzes. Tenho justificado orgulho de que sempre desfrutei de sua amizade e grande confiança. Por isso mesmo, com sua esposa Maria Luíza, foram escolhidos para padrinhos de meu filho varão, Luiz Gustavo.
         Tenho razões de sobra e posso testemunhar que Wilson Jóia cumpriu os deveres de sua nobre carreira, exemplarmente. Cumpre destacar, dentre tantas outras relevantes atribuições do cargo, a importância da tarefa de atendimento ao público. Trabalho árduo e cansativo, mas fundamental para prevenção de litígios com a conciliação das partes. Com certeza, por seu temperamento sereno e paciente, cumpriu com dignidade e altivez a missão que Deus lhe confiou, na sublime tarefa de lutar pelos ideais de justiça.
         No âmbito familiar, foi bem casado com Maria Luíza, de cuja união tiveram os filhos Luiz Henrique (casado com Maria Helena), Maria Consuelo (casada com Blasco) e Pedro Henrique (namorada Marcela); depois, os netos Ilca, Luíza e Henrique. A eles dispensou todo o seu carinho e dedicação de esposo, pai, avô e sogro, família bendita com quem vivenciou os seus melhores dias.
         Acometido de grave enfermidade, a partir de 2006 seu estado de saúde se agravou intensamente, até que, na manhã de 21/10/2012, veio a falecer. Infelizmente, participou e muito do calvário de Cristo, carregando sua pesada cruz, aliviado pelo carinho e desvelo da esposa, filhos, netos, familiares, amigos, enfermeiros, médicos e serviçais, incansáveis até o último momento.
         Ao longo dessa caminhada, purificada como ouro no cadinho e ungida pelo conforto das graças dos santos óleos, sua alma ascendeu às claridades eternas. Sabemos, com absoluta convicção, que a vida não termina aqui. Para nós cristãos, a morte não existe. O que tem fim é a matéria, os componentes químicos e físicos de nosso corpo; estes, com a decomposição, se transformam em pó. Mas a chama da vida jamais se acaba. O espírito, fonte da vida e do amor, é imortal. Por isso, como filhos de Deus, após nossa passagem final, continuamos existindo na morada que o Pai preparou para todos nós desde todo o sempre. E mais ainda: conheceremos o sentido pleno da vida, sem perdermos nossa identidade. Esta é a nossa maior esperança!
        Não é porque tenhamos méritos que isso acontece, porém simplesmente porque temos um Pai que nos ama com um amor todo especial.
        Como é bom ter confiança e esta plena certeza de que tudo terminará bem e que Alguém nos espera, de mãos estendidas, para o abraço infinito!
          Adeus, prezado compadre! Até breve!
          Borda da Mata, 02 de novembro de 2012.
          Gustavo Dantas de Melo

terça-feira, 30 de outubro de 2012

"Hierarquia de Valores"

         Os homens buscam, incessantemente, a felicidade. Nesse afã, procuram os meios que julgam capazes de lhes proporcionar uma existência confortável, segura e feliz. Via de regra, os bens que a sociedade aponta como pistas da felicidade são: poder, dinheiro, fama, beleza, conforto e conhecimento. Daí cada um, segundo sua própria realidade existencial, vai formando a sua seleção, ou “hierarquia de valores”. Percebemos que algumas coisas são importantes e indispensáveis; outras, menos importantes, dispensáveis e outras até mesmo desnecessárias. Descobrimos o que é, de fato, essencial e o que fica em plano secundário.
A esta altura da vida, estou convicto da minha escala de valores: Deus, família, saúde, amor, amizade, trabalho, conhecimento, dinheiro, poder, etc... É lógico que esta não é uma tarefa fácil. É uma descoberta que não surge da noite para o dia. Somente à medida que os anos passam, vamos acumulando experiências nos diversos setores de atividades. Idealizamos metas e nos empenhamos na conquista de vários objetivos, com a orientação dos pais, mestres, amigos e sacerdotes. Tudo o que vamos conseguindo, sabemos que nos exige muito empenho, esforço e dedicação. E também o que não conseguimos, os tropeços e frustrações não são inúteis, pois passam a valer para todos nós como um rico aprendizado.
Nessa extraordinária escola da vida, aprendemos que as coisas materiais são necessárias, mas não as mais importantes. Como meros administradores dos bens materiais conseguidos, não os levaremos daqui. Ademais, são eles vazios de qualquer sentimento. Somente as pessoas são capazes de amar e de nos dar alegrias. Descobrimos, principalmente, que Deus é o maior bem, o objetivo primordial e permanente.
Sem dúvida, o eterno ocupa o primeiro lugar da escala de valores, porque é o bem que nos acompanha e perdura para sempre. Pressupõe, é claro, a certeza da fé. A confiança na revelação trazida por Jesus de que a vida não termina aqui. A convicção de que a morte, para nós cristãos, é realmente uma piada. O que acaba é a matéria, os componentes químicos e físicos de nosso corpo, que, com a decomposição, se transformam em pó. Mas a chama da vida, o espírito, o que nos faz pensar e amar, o motor, este é imortal e, por isso, como filhos, após a morte continuamos existindo na morada que o Pai já preparou para nós desde todo o sempre. Não é porque tenhamos méritos que isso acontece, porém simplesmente porque Ele nos ama com um amor todo especial de um Pai sem defeitos.
Todo pai deseja o melhor para seus filhos. Se necessário, seria capaz de lhes dar a vida, quantas tivesse. É o amor maior, capaz de renunciar-se a si mesmo. Ora, se nós que somos mortais, nutrimos esse sentimento tão forte, que nos dá força capaz até de atos de heroísmo, quanto mais se poderá esperar daquele Pai, que é o Senhor do tempo e da vida. Dele podemos esperar sempre o melhor, a bondade, a misericórdia, a segurança e a salvação, com muito mais carinho e compreensão do que somos capazes de dispensar e transmitir aos nossos filhos.
Por isso tudo, com certeza o maior bem da hierarquia de valores, o bem supremo é Deus, em quem depositamos toda a nossa esperança. Nosso projeto existencial, via de regra fixado em 80 (oitenta) anos, é um nada, se comparado aos milênios da eternidade.
Gosto muito daquela filosofia de nossos irmãos de estrada, os caminhoneiros que levam essa linda mensagem em seus veículos:
Não sou dono do mundo, mas sou filho do Dono”.
Essa filiação, de fato, é motivo de alegria e honra para todos. Como filhos temos direito à herança.
Tenho realmente pena daqueles que não têm fé. E maior pena ainda dos orgulhosos, daqueles que descartam Deus, por se julgarem auto-suficientes. Estes sofrem muito, sem perspectivas de um futuro de paz e felicidade plena. Na vida tudo passa. O tempo corre celeremente e, de repente, nos damos conta de que estamos mais pra lá do que pra cá e, como diz a canção, “está chegando a hora!”.
Como é bom ter confiança e certeza de que tudo terminará bem e que alguém nos espera, de mãos estendidas, para o abraço infinito! ..."
Gustavo Dantas de Melo
          Borda da Mata, 30 de outubro de 2012.
(Extraído de meu livro "Reflexões", Editora APMP, ano 2001, págs. 15/16).

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

"A resposta das urnas"


        Proclamados os resultados das últimas eleições, as urnas deixaram recados contundentes.
         O povo bordamatense aprovou, por maioria absoluta, a atual administração e expressou o desejo de renovação na Câmara Municipal. Nossa gente disse não à oposição sistemática adotada pela maioria dos atuais vereadores, adepta da filosofia de ser contra simplesmente para dificultar os projetos do poder executivo.
         A oposição faz parte do processo democrático, mas precisa ser exercida com responsabilidade. Pressupõe um trabalho consciente, para cumprir, sobretudo, a sua missão de fiscalizar a administração pública, fazer sugestões e críticas construtivas, colaborando, enfim, para a eficiência do trabalho social.
         O que todos desejamos é a constante busca de melhor qualidade de vida para a nossa população. Esse objetivo, porém, somente será alcançado, se cada um tiver consciência das suas reais atribuições na vida pública.
         A voz das urnas deixou muito claro que vivemos uma nova era na vida política. Era da valorização da honestidade, da escolha dos mais capazes e que demonstrem o desejo sincero de trabalhar pelo bem comum da sociedade. O recado é de intolerância e de afastamento político de todos aqueles que buscam defender interesses pessoais e particulares, buscando o poder, pelo poder, sem qualquer escrúpulo.
        A legislação eleitoral se aperfeiçoa cada vez mais, buscando eliminar a influência do poder econômico, na procura do ideal democrático de conceder igual oportunidade para todos. Com a evolução dos tempos, dia chegará em que a campanha eleitoral vai ser permitida apenas através dos meios de comunicação social: computador, rádio, imprensa e televisão, através de debates e mensagens dos candidatos. A todos os municípios brasileiros será assegurado disponibilizar desses meios de comunicação em suas campanhas eleitorais.
        As incômodas e hipócritas visitas domiciliares para fins eleitorais, mais cedo ou mais tarde, tornar-se-ão proibidas e punidas como captação ilícita de votos. Comícios, passeatas e carreatas serão também coibidos pela legislação, em caráter preventivo da ocorrência de eventuais conflitos. Essas medidas salutares eliminarão gastos e grande esforço físico, revertendo em benefício da meta democrática de garantir igualdade de meios a todos os cidadãos.
        Quando tudo isto acontecer, as novas gerações de políticos viverão tempos novos. Estará definitivamente implantada a era do voto limpo, do voto de qualidade na defesa dos interesses da cidadania. Presenciaremos o êxito total das diretrizes traçadas pela Justiça Eleitoral, no direcionamento da propaganda política oficial.
        Amigos, as apurações de 07 de outubro encerraram esta página histórica da luta política bordamatense. Agora, o que realmente importa é a união de todos para que o município continue rumo ao seu desenvolvimento em todos os setores.
        Fizemos nossa opção democrática, apoiando os candidatos que entendemos melhor preparados para o exercício dos cargos. Muitas vezes, porém, a paixão política partidária é tão forte que cega a visão de alguns eleitores apaixonados. A verdade é que ninguém fica indiferente, quando se está em jogo o interesse maior da comunidade. Segundo ensinamento do saudoso Beato, Papa João Paulo II, em sua carta apostólica “Christifideles laici”, “os leigos devem participar da política, pois ela é destinada a promover de forma orgânica e institucional o bem comum.
        Esta é a razão pela qual, com raras exceções, todos participamos da disputa política. Constitui realmente um prazer e até mesmo um privilégio batalhar por uma causa que acreditamos ter sido digna e justa. Nós amamos esta cidade que nos viu nascer, onde vivemos, trabalhamos, desfrutamos de nossas bem cuidadas praças e zelamos por nossas famílias, filhos, netos, parentes e amigos. Por isso, nos sentimos felizes e realizados ao percebermos que pudemos contribuir, de alguma forma, para o sucesso dos candidatos a prefeito, vice e vereadores vitoriosos nas eleições de 07 de outubro.
       Essa retumbante vitória representa o devido reconhecimento do povo ao grande trabalho do dinâmico prefeito que revolucionou a história política de Borda da Mata.
       Que Deus e a Virgem do Carmo abençoem os eleitos, para que seu mandato seja pleno de realizações!
Borda da Mata, outubro de 2012.
Gustavo Dantas de Melo

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

"O melhor ensinamento"

        Como devem saber, a "Guarda Mirim Irmã Martha" de Borda da Mata desenvolve o projeto denominado "Construção de Vidas", há 22 anos. Dentre as várias palestras que presenciei, neste último “22º Curso de Formação de Guardinhas” (2.012), sinto-me no dever de resumir a linda mensagem cristã do nosso estimado Padre Paulo Roberto de Andrade, vigário da Paróquia de Nossa Senhora do Carmo. De fato, julgo importante e necessária a divulgação de tão precioso ensinamento. Senti que a luz divina resplandeceu naquela sala, enquanto sua voz ecoava ante os ouvidos atentos de nossos adolescentes.
Especificamente, o jovem sacerdote transmitiu-nos conhecimentos teológicos a respeito da essência de Deus. Sua Onipotência, Sabedoria, Poder, Amor e Misericórdia, sobretudo, sua condição de nosso PAI. Seu Amor incondicional a todos nós e, como Pai Perfeito, o seu desejo de que sejamos sempre alegres e felizes. Quem ama de verdade somente quer o bem do outro!
        Acrescentou o detalhe de que Deus nos fez homens e mulheres dotados de plena liberdade, ou “livre arbítrio”. Não somos marionetes, mas responsáveis e donos de nosso próprio destino. Não fôssemos livres, não seríamos responsáveis. Aliás, o fundamento da responsabilidade é a liberdade de agir, de escolher caminhos. Esta é a nossa dignidade de “FILHOS e HERDEIROS DE DEUS”.
        Nada de mal que nos aconteça é por vontade do Pai. O ser humano é frágil e limitado. Desde o seu nascimento, está sujeito à doenças, intempéries e à morte. Mas o seu destino final é a eternidade feliz.
        Assim, o sofrimento faz parte, é condição humana. Muitas vezes, usando mal de nossa liberdade, nós mesmos provocamos o aparecimento de enfermidades e até abreviamos nossas vidas. Por outro lado, nossa herança genética e o envelhecimento inevitável podem nos acarretar problemas de saúde.
        A dor e o sofrimento, portanto, são inerentes à condição humana de homens e mulheres mortais. E a prova maior desta verdade, esclareceu o digno sacerdote, é a vida do próprio Jesus Cristo. Vejamos o seu exemplo. Em se fazendo homem, para compartilhar da nossa natureza, passou pela cruz e pela morte.
         Daí a conclusão segura de que Deus não poupou o seu próprio e único filho, Senhor Jesus, do sofrimento e da morte. Porque humanizou-se, Cristo teve que beber o seu cálice de amargura. Somente assim cumpriu a sua missão de resgatar a humanidade, escancarando as portas do céu para todos nós.
        Quando a dor bater à nossa porta, lembremo-nos desta lição de fé maravilhosa a iluminar os breves dias de nossa vida. Chegada a hora da partida, saibamos participar do sofrimento de Cristo, purificando a nossa alma, como ouro no cadinho. Ninguém pode reclamar ou se revoltar, à luz do exemplo de Nosso Senhor. Talvez seja por esta razão que Ele falou a seus discípulos esta frase singela e lapidar:
        “Se alguém quiser vir a Mim, tome a sua cruz e siga-me!
        Borda da Mata, 10 de outubro de 2012.
        Gustavo Dantas de Melo

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

"Reconhecimento ao mérito"


        Há 22 anos procuro servir a nossa gente, através de trabalhos voluntários em vários setores sociais. Por este motivo, julgo-me no direito e dever de me manifestar a respeito da importância das eleições municipais para o destino de nossa querida Borda da Mata, cidade que tanto amamos.
        Primeiramente, quero externar o meu respeito a todos aqueles que divergem da opinião que, neste momento, peço licença para divulgar, em favor dos candidatos da “Coligação Continuidade e Compromisso”, Doutores Edmundo Silva Júnior e Rosângela Lucinda Rocha Monteiro, para prefeito e vice.
        Segundo ensinamento do Beato e Saudoso Papa João Paulo II, em sua carta apostólica “Christifideles laici”, “os leigos devem participar da política, pois ela é destinada a promover de forma orgânica e institucional o bem comum”.
        É isto o que vem fazendo o prefeito Edmundo e precisa dar continuidade ao seu notável trabalho de imenso alcance social. Vocês sabiam que ele recebeu o prêmio Juscelino Kubitschek (JK) por estar classificado entre os 100 melhores prefeitos dentre os mais de 5.000 municípios brasileiros?
        “O prêmio JK foi criado para homenagear e distinguir, em âmbito estadual e nacional, os melhores prefeitos de Minas Gerais, administradores que, segundo os padrões juscelinistas, são realmente bons no que têm feito em todas as áreas, competentes na realização de obras, transparentes no trato da coisa pública, sensíveis às dificuldades e carências do povo” (Prêmio JK, www.google).
        Assim, o prêmio concedido representa o reconhecimento público, a nível estadual e nacional, de técnicos em administração pública que julgam o trabalho extraordinário de grandes prefeitos. E se Edmundo, em tão pouco tempo à frente dos destinos de nosso município, foi considerado prefeito exemplar, imaginem em mais 4 anos de administração quantos benefícios deveremos receber, melhorando cada vez mais, a qualidade de vida de nossa população?
        Edmundo é, sem dúvida alguma, o prefeito por excelência, o prefeito revelação, o prefeito por vocação de bem servir, o prefeito que provou ser possível vencer e fazer política sem corrupção. Ele preenche os requisitos de um verdadeiro homem público: competência, honestidade, espírito público ou desejo de servir o seu semelhante.
        Acompanhamos sua campanha anterior e sua administração, desde o início. Homem inteligente, sensível e transparente. Escolheu, sem preconceitos e absoluta imparcialidade, sua equipe de governo, acercando-se de pessoas de bem. Por suas escolhas corretas, montou uma equipe que, sob seu comando, foi capaz de arranjar a casa em desordem e, com dinamismo e trabalho incansável, soube alavancar o progresso deste município. Suas obras são conhecidas do povo, feliz e agradecido, que aprendeu a amar e respeitar este prefeito. Suas grandes realizações beneficiaram a todos os munícipes, sem qualquer distinção, porque feitas com amor e sem ódio ou rancor, beneficiando a amigos e inimigos políticos. Estão aí para quem quiser enxergar e, por absurdo, há quem insista em não reconhecer o seu grande trabalho.
        Vale a pena citar algumas de suas realizações: aquisição de 21 novos veículos, dentre estes duas “patrois”, uma carregadeira, dois caminhões e uma retro escavadeira, dinamizando a conservação de estradas. Todas as equipes do Programa de Saúde Familiar (PSF), aumentadas em duas (totalizando cinco), possuem veículos próprios. Uma UTI móvel para a saúde, ônibus e “vans” para conduzir diariamente pacientes a Pouso Alegre, Campinas e São Paulo.
       Ampliação e reforma da Escola Municipal Benedita Braga Cobra; ampliação e reforma da Escola Municipal da Santa Cruz; reforma e ampliação da Creche Madre Tereza que antes atendia apenas 90 crianças; construção da Creche “CEMEI” Ana Cabral dos Santos, ampliando a rede para 440 vagas e ainda está para chegar o “CEMEI” do Bairro Santa Rita, com mais 300 vagas, totalizando 740; merenda escolar de primeiro mundo melhorando a saúde das crianças; implantação do sistema “COC” de ensino, a nível igual ao dos colégios particulares; academias ao ar livre, aprimorando a educação física da população, refletindo na saúde das pessoas de todas as idades, na linha filosófica do provérbio latino "mens sana in corpore sano"; ampliação de remédios gratuitos, chegando ao fantástico fornecimento de quase o triplo do governo anterior.
        Asfaltos e calçamentos gratuitos em 134 ruas do município, o que eliminou poeira e barro, representando conforto e saúde para as famílias beneficiadas; manutenção das estradas rurais com brita preta, tornando-as em excelentes condições de trânsito e escoamento da produção; torres de internet e de telefonia celular em vários locais; implantação de novo sinal de TV digital na torre municipal do Santo Cruzeiro; embelezamento das praças Antônio Megale, Nossa Senhora do Carmo, São Judas Tadeu; reforma da fonte luminosa da Praça Antonio Megale; traslado do busto de Monsenhor Cintra para a Praça N. S. do Carmo, de conformidade com a lei que o aprovou.
        Agora, nesta eleição, sua equipe coligada com o Partido Verde está reforçada, especialmente pela feliz escolha da Dra. Rosângela Lucinda Monteiro, médica conceituada e querida em nosso município, para Vice-prefeita. Ela tem competência e conhecimento na área da saúde a que se dedica há mais de 20 anos. Sua participação veio enriquecer a equipe de Edmundo e representa a certeza de melhorar ainda mais a qualidade do atendimento à população neste importante setor da administração municipal. Além disso, de se ressaltar a excelência dos 18 homens e mulheres honrados, candidatos a Vereador. É a união de forças para a promoção do bem comum de nossa população.
        A caravana está enriquecida, preparada e reforçada. Sabemos que o prefeito revelação e sua equipe estão trabalhando a pleno vapor. No próximo mandato, mais experientes e, com certeza, ungidos pelo voto livre do nosso povo agradecido, Borda da Mata avançará ainda mais em qualidade de vida para todos os seus filhos.
         Que Deus e a Virgem do Carmo abençoem a caravana do bem, na certeza de que a vitória será, sobretudo, um prêmio merecido! Representará o reconhecimento do povo ao seu grande prefeito que revolucionou a história política de Borda da Mata e que, uma vez mais, haverá de provar ser possível ganhar eleição, sem corrupção.
        Um abraço a todos que batalham pelo engrandecimento de nossa cidade e até a vitória de 07 de outubro!
        Gustavo Dantas de Melo

domingo, 23 de setembro de 2012

"Voto responsável"

      Sabemos que dos seres existentes na terra, o ser humano, homem ou mulher, é o mais importante. Por isso, somos chamados reis da criação.
      Porque inteligente, o homem inventou a ciência POLÍTICA, ou seja, a arte de promover o bem comum da sociedade. O meio de encontrar os melhores caminhos para satisfazer as necessidades sociais fundamentais: alimentação, saúde, moradia, trabalho, educação, transporte, segurança e justiça, para mencionar algumas delas.
     Daí surgem as ideologias, os partidos políticos, com diversas propostas para alcançar o ideal desejado de promoção do bem comum. Isso é vivenciar democracia, onde o interesse do povo deve pairar acima de tudo. Vários caminhos para conseguir o mesmo objetivo. O bem comum, em outras palavras, seria o bem-estar coletivo, a soma do bem e da felicidade individual de cada pessoa da comunidade. Em síntese, melhor qualidade de vida, paz e justiça social, respeito aos direitos e garantias individuais, garantia de igual oportunidade para todos aos bens da vida, inclusive igualdade de acesso, mediante concurso, aos cargos públicos.
     Assim, política é atividade muito importante. Não é coisa suja e repugnante. É a “forma orgânica e institucional de promoção do bem comum”, na expressão do beato João Paulo II, em uma de suas cartas apostólicas.
   Esta é a razão do título desta modesta reflexão: “VOTO RESPONSÁVEL”. O exercício do poder político de cada cidadão, através do voto, deve ser a expressão do cumprimento de um dever sagrado. Pressupõe liberdade de escolha, prerrogativa de homens e mulheres livres, exercida de forma limpa e digna. Sobretudo, uma escolha criteriosa, consciente, após a análise dos requisitos fundamentais para a investidura de cargos eletivos: capacidade, honestidade e espírito público.
        Competência é um dom natural de inteligência e preparo para o cargo. Honestidade é a dignidade, a decência, a integridade moral da pessoa. Espírito público é a vontade de servir, de trabalhar por melhor qualidade de vida do povo, através de grandes realizações para o bem comum de todos.
        Estes são os critérios que devem conduzir a nossa opção honesta e sincera. Importa que a nossa escolha recaia sobre aqueles homens e mulheres que realmente tenham qualidades indispensáveis e o desejo de bem servir à coletividade.
      Nós somos responsáveis pelo futuro de nossa terra!
      Borda da Mata, 23 de setembro de 2012.
      Gustavo Dantas de Melo

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

"A virtude está no meio"

         Os romanos tinham notável poder de síntese. Possuíam provérbios que expressam grande sabedoria. Os afeiçoados ao Direito sabem disso, pois o linguajar forense é rico nesse sentido. Um desses adágios revela uma verdade incontestável: “IN MEDIO VIRTUS”.
Sem dúvida, “no meio termo está a virtude”. Esta é uma realidade que constatamos, dia a dia, nos relacionamentos com as pessoas e observamos nos fatos e acontecimentos da vida. Basta ter olhos para enxergar e bom senso para analisar, criteriosamente, tudo o que sucede à nossa volta. A vida é um constante aprendizado e quanto mais avançamos em idade, mais experientes ficamos. Isso ocorre em razão da soma de vivências, que, paulatinamente, nos fornecem farto material para exames e conclusões seguras.
Dessas observações, ficamos convencidos de que no meio está a virtude”. Como se diz: “nem tanto ao céu, nem tanto à terra.” É um ponto de equilíbrio necessário e ideal para nortear a conduta humana. De fato, todo e qualquer tipo de fanatismo é prejudicial, inconveniente e até condenável. Seja no campo religioso ou dos vícios; dos estudos, do trabalho ou do lazer; da participação na política ou na vida comunitária, em tudo, enfim, deve haver a medida certa. Incontestavelmente, a virtude está no meio termo”. Ninguém tolera, por exemplo, o fanático que dia e noite outra coisa não faz senão discutir religião. Da mesma forma, bebida em excesso gera dependência e vira alcoolismo. Até o trabalho, fonte do bem e da riqueza, em demasia põe em perigo a saúde e a própria vida.
A agitação da vida moderna aliena o homem, afasta-o da meditação tão necessária para analisar e repensar, muitas vezes, a sua caminhada. Desde cedo ligamos o rádio, a TV, muitas vezes até a caminho do trabalho. Não temos tempo para nada. Isso não é bom.
Em princípio, o homem pode desfrutar praticamente de tudo o que a vida lhe pode oferecer, desde que o faça com consciência e equilíbrio. Não é fácil, porém, o auto controle, a disciplina, o conhecimento dos limites. Daí não raras vezes o ser humano se perde nos excessos prejudiciais. Sem domínio de si mesmo, age como um carro sem breque na descida, rumo ao precipício. Impossível contê-lo ... Inevitável a colisão, acaba sofrendo duras conseqüências.
Por isso mesmo, é muito importante o auto conhecimento, saber dos seus próprios limites. Enfim, preparar-se para tudo, pois as solicitações do cotidiano são inúmeras e a sua participação necessária e mesmo indispensável. Para tanto, deve o homem buscar até encontrar a sua medida, o seu ponto de equilíbrio. Assim agindo, poderá, sem medo, fazer o que gosta e sentir o prazer de viver, na certeza de que “a virtude está no meio”.
Borda da Mata, 19 de setembro de 2.012.
Gustavo Dantas de Melo
(Matéria extraída de meu livro "Reflexões", páginas 27/28, Editora APMP, São Paulo, 2001)

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

"A Escola da Vida"

         A maturidade nos ensina que a vida passa celeremente. Ensina também que os mais velhos aprenderam muito com os acontecimentos do dia a dia. Este aprendizado é de um valor imenso. Por esta razão o idoso deve ser respeitado e ouvido, atentamente, pelos mais novos. Principalmente os filhos precisam prestar atenção nos ensinamentos de seus pais, que buscam preservá-los de erros e sofrimentos.
          Prazerosamente, trago para cá crônica de minhas "Reflexões", focalizando esta grande verdade existencial, a vivência, fonte de experiências e conhecimentos valiosos.
         "Quando o jovem presta o serviço militar, ingressando na fileiras do Exército Nacional, passa a ouvir muitas vezes a frase: “antigüidade é posto”. Isso significa que, hierarquicamente, o soldado mais antigo em qualquer cargo é mais graduado do que o outro da mesma função e patente. É um prêmio à vivência, que traz mais conhecimentos e experiência ao militar.
Na vida fora do quartel acontece o mesmo. Cada pessoa é o resultado de uma soma de vivências que passa a constituir a sua bagagem. “Vivendo e aprendendo”, como diz o refrão popular que retrata e proclama uma realidade indiscutível da filosofia existencial.
Eis a razão pela qual é sempre muito perigoso julgar-se alguém “a priori”, sem conhecê-lo na essência dos seus atos, ignorando as razões últimas da sua conduta. Talvez por essa razão, Jesus tenha recomendado a seus discípulos:
Não julguem para não serem julgados, ou na mesma medida que julgarem os outros, também serão julgados”.
Em outras palavras, os afoitos, os que fazem juízos apressados, não se queixem quando submetidos forem a julgamentos sumários, a toques de caixa, injustiçados sem melhor exame das provas e das intenções.
A ponderação, a prudência e o equilíbrio via de regra são virtudes dos mais avançados em idade. Isso acontece exatamente pelo fato da experiência acumulada pelos anos. Os jovens são geralmente impetuosos, enquanto os mais velhos sabem quanto é importante pesquisar a causa e os motivos de todos os acontecimentos.
No exemplo bíblico da mulher adúltera que a lei de Moisés, “a priori”, mandava que ela fosse apedrejada pela multidão, o próprio Jesus mostrou que a lei era hipócrita e covarde. A sabedoria inata do Mestre recomendava um exame mais profundo daquela norma:
Aquele que não tiver pecado, atire a primeira pedra”.
E o que aconteceu? - Todos sem exceção, jovens, adultos e anciãos, foram saindo pouco a pouco, até que não ficou mais ninguém para a execução da pena infame.
E então, mulher, alguém te apedrejou?
- Não, Senhor, todos se retiraram.
- Pois bem, ninguém te condenou e eu também não te condeno. Vai e não peques mais.”
De fato, um exame detido e criterioso dos motivos dos fatos que acontecem na vida de cada um é uma fonte de conhecimentos. Levam-nos muitas vezes a um juízo de absolvição do outro, quando, aparentemente, seria de condenação. Todos os fatos sem exceção servem para nos enriquecer, mesmo os episódios de sofrimento. Por isso mesmo a “Escola da Vida” é muito importante. Ela acaba nos mostrando o equívoco dos juízos precipitados e nos ajuda a ter calma e encontrar o melhor caminho para análise e solução dos problemas que nos afligem no dia a dia."
Borda da Mata, 03 de setembro de 2012.
Gustavo Dantas de Melo
(Matéria extraída de meu livro "Reflexões", Edições APMP 2001, pags. 23 e 24, São Paulo).

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

"O grande esportista Messias"


Dentre as "estórias" narradas em meu livro "Farpas do~Coração", quero destacar algumas. Refiro-me a episódios registrados no folclore bordamatense envolvendo o nome de um grande esportista. Trata-se de meu tio "Messias Gonçalves da Silva".
 Espero que apreciem os relatos engraçados que ora transcrevo a meu "blog", para descontração dos leitores, alguns de países distantes, detalhe que muito me honra: 
"...Não posso deixar de fazer justiça e reverenciar o nome de um grande jogador rubro-negro e, mais tarde, treinador do “América Futebol Clube”: Messias Gonçalves da Silva, meu saudoso tio. Sua selaria, localizada na Praça Monsenhor Cintra, era um recanto abençoado, onde imperava a alegria e descontração, graças ao bom humor e a bondade do tio Messias. Ele sempre foi uma figura muito especial e divertida, razão pela qual sua selaria, muitíssimo freqüentada, passou a ser o ponto de reunião dos americanos.
Verdadeiramente, Messias seleiro, além de profissional exímio e artista de selas incomparáveis, acabou fazendo parte do folclore da história bordamatense e dele se contam muitas estórias. Algumas de momentos vividos em treinos no campo do América. A mais hilariante tem como figura o Sr. Marcílio Costa Júnior, o popular “MACOJU”, na época jogador aspirante, que não gostava de ser chamado pelo apelido “Tigela”. Sabedor disso, tio Messias, na qualidade de técnico, fez uma séria advertência antes do treino:
Não admito que, nesse estádio, vocês fiquem chamando os colegas pelo apelido; alguns não gostam e exijo respeito!”
Em seguida, passou a chamar os jogadores, em voz alta, para assumir suas posições:
Gaiola, no gol de cima; Gibi e Bino, na defesa; Batata, meio de campo; Luiz Queijo, lateral esquerdo; Tigela, ponta direita...”
Algum gaiato, notando a incoerência, observou: “Sô Messias, o senhor não proibiu botar apelido em campo?”
- “Cala a boca, vagabundo! Toda regra tem exceção, é lógico que eu posso! Quem manda aqui sou eu!”
Do tio Messias existem outras várias passagens muito engraçadas, como aquela do dia em que, defronte sua oficina, tentava fazer funcionar o seu “jeep” e não conseguia. Foi então que mandou seu empregado Zé Gomes chamar o mecânico, Vinícius Leopoldino, outro grande amigo, infelizmente ambos já falecidos. Logo que Vinícius chegou, ao entrar no carro, imediatamente constatou que Messias estava tentando funcionar o “jeep”, no tranco, mas sem a chave de ignição no contacto, para risada geral...
Certo dia, viajando para Bom Repouso, como motorista de Messias, o saudoso Nego da Genica perdera o controle da direção, descendo ladeira abaixo. Após o incidente, sem maiores conseqüências, tio Messias teria comentado:
- “Bandido, se eu tivesse morrido, você iria se ver comigo!
No aniversário de seu filho, José Roberto, tio Messias lhe deu de presente uma linda bola de futebol. Assim, na atual Praça Monsenhor Cintra defronte a oficina, na época em que a criançada ali jogava, Zé Roberto passou a organizar as peladas com sua nova bola. Logicamente, tio Messias, que adorava futebol, nas horas vagas, fazia questão de ver a molecada jogando; porém, o time de Zé Roberto, que era ruim de bola, só perdia. Foi então que Messias se irritou e, em dado momento, falou alto:
Zé Roberto, filho da p., se o seu time perder outra vez, eu lhe tomo a bola!”...
Das estórias que são contadas a seu respeito, há uma outra fantástica. Certa vez, em viagem de negócios a São Paulo, ao chegar na estação rodoviária, houve por bem pegar um táxi, pretendendo visitar seu sobrinho, meu mano Narcy de Mello, que então morava na Rua Icem, no bairro Tatuapé. Ficou na fila e, ao chegar sua vez, entrou na porta traseira do táxi, ordenando ao motorista:
- “Leva-me pra casa do Narcy”.
Por uma dessas absurdas coincidências que a vida pode reservar a nós mortais, o taxista era nada mais nada menos do que nosso conterrâneo Biasinho, filho do saudoso casal Biase e Ana Paolielo, que, laconicamente, ter-lhe-ia respondido:
- “Pois não, sô Messias!”...
Outra estória do folclórico tio Messias teria acontecido em sua viagem a Belo Horizonte, na companhia de correligionários políticos, para se avistar com o deputado Cristóvão Chiaradia, grande e saudoso amigo dos bordamatenses, de quem Borda da Mata recebeu apoio, durante vários anos, para a realização de suas maiores obras públicas. Lá em BH, quando todos estavam reunidos com o deputado, no último andar de um dos maiores edifícios da capital mineira, chamaram o tio Messias para ver o chefe de estado estrangeiro que, na via pública, desfilava em carro aberto. Ao olhar para baixo, sentindo-se atordoado pela zonzura, Messias saiu de gatinho, resmungando:
Presidente da p. que p.!”
Esse era o meu saudoso tio Messias, desbocado na sua simplicidade de homem rude, mas com um coração imenso de bondade, cheio de carinho e solidariedade especialmente para seus sobrinhos que tanto amou!
Que Deus lhe tenha preparado um cantinho no céu de Borda da Mata, onde repousa em paz e profundamente feliz! ..."
Borda da Mata, 23 de agosto de 2.012.
Gustavo Dantas de Melo
(Extraído de "Farpas do Coração", 2009, págs. 96 a 99, Editora APMP, São Paulo).

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

"Quando o fim é progredir"

      Em meus guardados, encontrei um texto maravilhoso. Desconheço seu autor. Só posso afiançar-lhes que o conteúdo da matéria é da melhor qualidade. Ressoa como um brado de alerta para todos aqueles que
se mostram insensíveis ao problema crucial da degradação da natureza e poluição do meio ambiente. Oxalá possa servir de alarme aos adoradores do deus cifrão ($), despertando-os para os valores maiores da Vida e do Amor, de que a natureza é um grito revelador.
     Na certeza da aprovação dos que me honram com sua visita, é meu dever solicitar-lhes que  transmitam o texto aos amigos e parentes. O que é bom merece ampla divulgação. Um dia, talvez - quem sabe? - a conscientização de tais valores possibilite desfrutarmos de um mundo melhor:
      "Há milhares de anos o universo existia em harmonia. Os ciclos de escuridão e luz se alternavam periodicamente. As estrelas nasciam, brilhavam e explodiam. Sempre o mesmo ciclo. Harmonia. Tranqüilidade. A luz fez um planeta fértil. Plantas surgiram. A harmonia continuou. Animais surgiram. Sucederam as eras geológicas. Surgiu, então, o homem. O homem não se contentou com os ciclos naturais. Construiu ferramentas e com estas ergueu as cidades, afastando-se até das memórias dos campos, da vida simples e natural. A harmonia se despedaçou.
      Ao homem foi dado o domínio da tecnologia, mas ele a usou para a destruição. Foi dada também a conquista do meio, mas ele o converteu em sua própria prisão. As florestas foram arrasadas. A atmosfera foi poluída. Enfim, a Terra criou o homem e foi destruída por sua criação.
      Os mais sábios tentaram impedir o progresso, mas o lucro do momento fechou os ouvidos do homem. A avalanche continuou. Cada um competiu para transformar uma parte maior do todo. Ignoraram completamente o ciclo natural. Materialismo passou a ser o novo indicador.
      O progresso abalou o homem até onde a ambição alcança. Ele cada vez sabe mais, consegue mais e constrói mais. Só que não percebe, em sua escalada, a possibilidade da queda. Quando ele se der conta dos abusos que comete, será tarde demais para voltar.
      Há tempos a questão da preservação do meio ambiente entrou no dia-a-dia das discussões do mundo inteiro. O excesso de poluição emitida pelas indústrias e automóveis e a devastação das florestas são as principais causas do efeito estufa e finalmente se tornaram motivo de preocupação. Contudo, até agora, os resultados pró-natureza são insignificantes perto dos prejuízos causados a ela.
      Essa diferença tem razões econômicas. Não é simples nem vantajoso uma fábrica que emite grande quantidade de poluentes comprar equipamentos que amenizam tal emissão. O mesmo acontece com automóveis, grandes vilões do ar nas cidades. Segundo reportagens, carros e ônibus velhos poluem quarenta vezes mais do que os novos, e não é por falta de vontade que os donos não os trocam, e sim por falta de dinheiro. Concluímos, então, que o mundo capitalista inviabiliza um acordo com o meio ambiente e, enquanto isso, o planeta adoece.
      Outros problemas é a falta de informação e educação ambiental. Muitas pessoas ainda desconhecem os malefícios do efeito estufa, como, por exemplo, o aumento da temperatura e, como conseqüência, a intensificação das secas. Esse desconhecimento somado ao egoísmo e descaso humano trazem-nos uma visão de futuro pessimista. Das poucas pessoas cientes desse problema, muitas não o levam a sério e não tentam mudar suas atitudes buscando uma solução. Enquanto os efeitos dos nossos atos não atingirem proporções mais danosas, permaneceremos acomodados com a situação, deixando para nossas futuras gerações o dever de “consertar” o meio ambiente.
      A triste conclusão a que chegamos é a de que a prudência e o bom senso do ser humano não são mais fortes que a sua ambição e egoísmo. Estamos destinados a morrer no planeta que matamos..."
      Borda da Mata, 17 de agosto de 2.012.
      Gustavo Dantas de Melo                                                 

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

"A riqueza da simplicidade"

Os orgulhosos não podem ser felizes. Embora se julguem auto-suficientes, poderosos e incapazes de errar, no fundo bem conhecem suas limitações. É que a vaidade não os deixa admitir que são falhos, porque erros não são próprios de semideuses. E quando se defrontam com as suas imperfeições, sentem como que a casa caindo sobre suas cabeças. Sofrem atrozmente, pois, presunçosos, até haviam esquecido da realidade de que os seres humanos estão sujeitos à falibilidade.
Já as pessoas simples refletem a beleza de suas almas e são doces como o mel. Via de regra, tolerantes e bondosas, conscientes de que são passíveis de erros que procuram evitar, mas sempre dispostos a reconhecê-los. Por isso mesmo, mostram-se sorridentes, satisfeitas, despreocupadas, solícitas, disponíveis e atenciosas.
Pobreza não significa simplicidade, nem riqueza significa orgulho. Há pobres orgulhosos e ricos de extrema simplicidade, do mesmo modo que conhecemos ricos pobres e pobres ricos. É uma questão existencial que os fatos da vida e os meios de comunicação vão nos revelando. Basta termos olhos para enxergar e ler, e ouvidos para escutar.
Em minhas atividades profissionais, tive a oportunidade de identificar muitas vezes pessoas de ambas as espécies: vaidosas e simples. Também, com relação a ricos e pobres, pude sentir de perto muitíssimas vezes e ver confirmado o sábio ditado popular de que O POUCO COM DEUS É MUITO e O MUITO, SEM DEUS, É NADA.
Em Mogi das Cruzes, trabalhei seis anos na 3ª Promotoria com Walter Cruz Swensson, então titular da Terceira Vara, um dos melhores e mais dignos magistrados que conheci, hoje Desembargador aposentado do Egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo. Modelo de juiz, pai de família, colega e amigo. É ele a simplicidade e a bondade em pessoa, alguém que, no exercício de suas nobres funções, sempre teve o maior respeito no trato com o ser humano.
Por outro lado, quando Promotor de Justiça da Comarca de Cruzeiro, ouvi rumores de que na vizinha cidade de Cachoeira Paulista alguém que lá exercia o cargo de Juiz fora cognominado O PRÍNCIPE”. É que Sua Excelência, de forma inusitada, ordenava que todas as audiências, por mais simples que fossem, se iniciassem com pregão pelo oficial de justiça.
E, sumamente vaidoso, fazia questão absoluta de que, após a menção dos nomes das partes e dos advogados, fosse anunciada, solenemente, como na época dos reis, a entrada do nobilíssimo e meritíssimo no recinto, ocasião em que todos se levantavam, reverentemente. Por essa razão, não deu outra: a sapiência popular, estranhando aquele procedimento incomum, foi logo encontrando a denominação super adequada: Fulano de Tal, o Príncipe.”
É pena que tantos se esqueçam da “lição da manjedoura” e de que são simples mortais! Será que vale a pena tanta arrogância, poder e vaidade?
Hitler foi um dos mais poderosos homens da terra e se julgava pertencente a uma raça superior. Seu orgulho o levou à prática de crimes contra a humanidade. Daí outro não poderia ser o epílogo de sua vida senão o desespero e o suicídio.
Os simples e humildes, porém, encontram e encontrarão sempre melhor sorte e, com certeza, além da admiração e do respeito que desfrutam dos seus concidadãos, possuirão a terra prometida nas bem-aventuranças ...
Borda da Mata, 08 de agosto de 2.012.
Gustavo Dantas de Melo
(Crônica extraída de meu livro "Reflexões", editado em 2001, edição APMP, págs. 29/30)

domingo, 29 de julho de 2012

"O Melhor da Festa do Milho"


      Há alguns dias, tive o prazer de ler um comentário fantástico (“A Fila”, publicado na página 02 da edição “214”, do Jornal “A cidade”, em 15/07/2012), de autoria da minha amiga Maristela Matos, a respeito da Festa do Milho. Naquela rica matéria, a articulista ressaltou a beleza do extraordinário trabalho conjunto de centenas de pessoas voluntárias unidas (800), para fazer acontecer esta festa tradicional da Paróquia de Nossa Senhora do Carmo.
     Dentre tantos lindos momentos artísticos que enriqueceram as apresentações da barraca central, presenciamos o “show” organizado pela “Oficina de Lazer, Cultura e Iniciação Profissional”, atualmente sob a regência de sua presidente, Professora Maria Rita Costa Bertolaccini, com a participação de dois outros membros da diretoria, Poli Brandani e Professor Antônio Carlos de Rezende.
      O trabalho que a Oficina vem realizando em nossa cidade, com apoio do Poder Judiciário, do Ministério Público e do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente, é de valor inestimável. Trata-se da educação artística de crianças, contribuindo para formação de seu caráter e personalidade. São dezenas de meninos e meninas pobres, resgatadas muitas vezes da ociosidade ou do perigo da iniciação no vício do álcool e das drogas, para trilharem os caminhos do bem.
      Apresentou-se nesta noite memorável o “CORAL DA OFICINA”, com repertório selecionado e de muito bom gosto, interpretando as seguintes canções, algumas delas de autoria das próprias crianças do Coral em parceria com Poli:

    • Para Lennon e MacCartney” (Milton Nascimento);
    • Feito Borboleta” (Fernando Guimarães)
    • Pé de Paz” (Gabriel da Silva Rocha, Vítor Eduardo Santos Couto e Poli Brandani).
    • Cidade Bem Cuidada” (Helen Aparecida Pereira, Ana Luiza Silva Leopoldino, Grazielly Luísa dos Santos, Vitória Ketehen Ribeiro Moreira e Poli Brandani).
    • "Mandu" (Poli Brandani).
        Jamais poderemos esquecer de toda a imensa alegria e prazer que tomou conta da platéia, com a apresentação teatral da peça “Zé e Maria na Festa do Milho”. , interpretado pelo menino Uttoni Alfredo Brandani, com desenvoltura, naturalidade e segurança, como se já fosse um artista experiente e consagrado. Maria, interpretada pela menina Ana Luíza Silva Leopoldino, de maneira espontânea, graciosa e bela, de fazer inveja às atrizes mirins da Rede Globo de TV. Não aconteceu uma falha sequer de ambos os extraordinários artistas.
      O texto foi de precioso conteúdo, muito bem elaborado pelos responsáveis da benemérita entidade. Um sonoro e candente apelo, um brado de alerta aos prejuízos causados à humanidade pela degradação da natureza e poluição ambiental.
      Não dá para descrever em palavras, a emoção dos sentimentos que brotaram no coração da gente, ao perceber a riqueza do texto e ver a felicidade dessas crianças bonitas e seus pais, abrindo sorrisos e sentindo justificado orgulho de seus filhos.
     Nesta oportunidade, como testemunha feliz deste evento memorável, quero parabenizar os diretores da “Oficina do Bem”, as crianças e seus dignos pais. Caros amigos da Oficina, não há dinheiro que pague este seu maravilhoso trabalho, que é também de “construção de vidas”.
      Que Deus os abençoe e lhes dê saúde, paz, proteção e recompensas celestiais para que prossigam nesta relevante missão! Tenham absoluta certeza do reconhecimento público da grandeza da doação de suas horas de trabalho por causa tão nobre e de importante apoio às crianças carentes de nossa cidade!
      Como diz a canção:
       “Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas...”
     Borda da Mata, 29 de julho de 2.012.
     Gustavo Dantas de Melo

domingo, 22 de julho de 2012

"Fagulhas luminosas do escritor Jairo de Paula"

        Quando desfruto do prazer proporcionado pela leitura de um livro fora de série, sempre assinalo os trechos mais importantes da obra.
Ganhei um rico presente. Trata-se do livro “Desvendando a Vida”, publicado pela “Editora JP” que leva o nome do próprio autor, Professor Jairo de Paula, em terceira edição. É uma obra preciosa de um homem realmente “bendito”, que de fato é eficiente “cura para os males dos homens e da alma”, atingindo plenamente os objetivos do eminente autor.
Tomei o cuidado de selecionar algumas das “fagulhas luminosas”, uma pequena amostragem da riqueza desta autêntica jóia da literatura brasileira. Deliciem-se!
Saia do chão e alce voos. Deixe a matéria e toque o seu amor - a sua alma. Ah! se pudéssemos ver como é linda a nossa aura...”
Na essência da vida, o tempo tem outra cronologia... outro ponto fundamental do mundo é a compreensão. É preciso compreensão para ajudar seres humanos, pois muitos ainda estão sentados no banco da vingança, do ódio, da incompreensão e do orgulho. Não enxergam a luz que está próxima, trazendo a purificação, o entendimento e a paz do coração...”
É impossível ter bons frutos quando não se planta boa semente. É a relação de ação e reação. Só se colhe quando se planta... Mas nada é conquistado sem sacrifício. Assim, vale a pena a recompensa... Quem passa pela vida terrena sem responsabilidade deixa de viver, não consegue amar, não aceita e não acredita nos milagres da vida, que são um sinal do amor...”
Por isso, outra coisa que todos devem ter em mente, com muita transparência, é que a dor é inevitável e não existe aprendizado sem dor. Pois é por ela que se chega aos caminhos do Pai...”
Cuidar da vida e parar de brincar são escolhas, responsabilidade de cada pessoa. É preciso estar ciente de que seu caminho pertence a você e não ao outro, pois quem cuida de você é você mesmo. Não se pode querer tudo com perfeição, Deus dá o tempo certo para cada um se capacitar. Ninguém vem com “tudo pronto”, é uma construção...”
O homem sábio constrói sua família com fagulhas de amor... O que vem em primeiro lugar é a família, os outros serviços são apenas complementos... É um trabalho árduo, mas prazeroso... É Deus quem confia em nós e não o contrário. Mesmo com todas as agressões, estupidez e insensatez humanas. Deus nunca vira as costas, Ele está sempre nos confiando missões...”
É preciso que cada um se preocupe consigo, olhe para dentro de si e não exija a perfeição das pessoas, porque ninguém é perfeito. Não se pode exigir nada do outro, porque quem ama não exige, apenas ama... O caminho é longo, mas a vida é vasta de conhecimento... Cada um vai trilhar sua caminhada, fazer sua escolha, e ela vem de dentro, do fundo do coração, da alma. Cada um será responsável, não podendo culpar os outros pelas opções feitas...”
O ser humano precisa “humanizar-se” novamente, porque depois que foi criada toda essa modernidade de coisas, ele se esqueceu do bem comum, do amor ao próximo. Tem plantado tempestade e fica esperando bons frutos, e quando é o tempo da colheita, culpa os outros por sua própria incompetência...”
Amigos, aguardem para breve novos trechos desta obra monumental do escritor Jairo de Paula.
Borda da Mata, 22 de julho de 2.012.
Gustavo Dantas de Melo