O homem
não vive isoladamente. É um ser social que necessita do convívio com seus
semelhantes, para concretizar seus sonhos e se realizar como pessoa. Essa
convivência gera necessidades essenciais, a nível individual e coletivo.
Com sua
inteligência, marca de sua origem divina, busca encontrar os meios para lhe
garantir os direitos fundamentais a uma vida digna, como moradia, alimentação,
saúde, trabalho, lazer, educação, transporte, comunicação, segurança e justiça.
Assim, percebemos que há interesses sociais maiores, pairando acima dos
particulares e que devem sempre prevalecer. Daí a razão da existência da POLÍTICA,
atividade antiga, que nasceu com o próprio homem, na busca do melhor plano
para a concretização dos seus anseios.
É também
o motivo do surgimento dos partidos políticos com suas ideologias. Estas nada
mais são do que propostas ou idéias sugeridas nas siglas partidárias, definindo
prioridades que representam os caminhos traçados pelo homem, no desejo
constante de encontrar a solução ideal para os problemas sociais.
Eis a
razão pela qual todo homem é um ser
político por excelência. Os problemas do município nos atingem como membros
do corpo social. Por esta razão, na
sociedade em que convivemos, não devemos, nem podemos ficar indiferentes à POLÍTICA.
A omissão é uma falta imperdoável. O
exercício da cidadania é muito mais do que um direito. É um dever de
consciência de todo cidadão, assegurado por lei e que deve ser exercido
dignamente, com plena maturidade e liberdade de escolha.
No
regime democrático, é natural a pluralidade dos partidos políticos. É importante
também que haja governo e oposição. Unanimidade é mosca azul que dificilmente
faz parte do cenário político. O confronto e debate de idéias são normais e
necessários ao jogo democrático. Fazem parte da Democracia que assegura a todos
o direito de se manifestar lealmente e com responsabilidade, coibidos os abusos
do direito de liberdade.
Cabe aqui a invocação da célebre frase de
Evelyn Beatrice Hall, atribuída por muitos a Voltaire:
“Posso não
concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte
o direito de você dizê-las”.
Conquanto
diversos, os caminhos deveriam ter o mesmo ponto de convergência: o BEM
COMUM da sociedade. Este é o objetivo final, a meta ideal e prioritária de
toda filosofia partidária em busca da felicidade do ser humano. Infelizmente tal não acontece muitas vezes,
pois muitos participantes da política fazem dela profissão, buscando satisfazer
sua vaidade e interesses meramente pessoais. Os interesses maiores do povo
ficam em plano secundário, pois se julgam donos dos recursos públicos e se
valem de trapaças e negociatas para engordar suas contas bancárias. Tornam-se
autênticos criminosos de colarinho branco e gravata, como nos tem revelado a
mídia, comprovando a corrupção política que lamentavelmente assola o nosso
país.
Há ainda
políticos adeptos de um “vale tudo”.
Dizem: “O que não podemos é perder”. Quando
em campanha, disputam os votos com deslealdade. Caluniam e promovem verdadeiro
“terrorismo”, sórdido e repugnante. Na oposição, causam entraves ao progresso,
sob o lema do “quanto pior (para o governante), melhor (para o adversário)”,
na busca desenfreada do poder, a qualquer preço. Assim, fazem “oposição
sistemática”, sem critério algum, esquecendo-se do devido respeito aos
interesses supremos do povo de que são indignos representantes.
Isto não
é política. É politicagem baixa e suja. Fazer POLÍTICA, com
“P” maiúsculo, é se colocar na defesa dos interesses e a serviço da comunidade.
Não é um meio de vida, mas uma vocação de servir e de fazer o bem à sociedade,
ainda que com sacrifícios pessoais e da própria família.
As
eleições periódicas fazem parte da Democracia. A escolha dos candidatos a
cargos públicos precisa ser sempre criteriosa . É preciso ficar atento para
identificar os oportunistas. Aqueles que gostam de levar vantagem em tudo,
porque destituídos da verdadeira vocação de servir a sua comunidade.
Todo
cuidado é pouco. Ninguém poderá esperar frutos bons de árvore podre. Voto é uma
arma perigosa capaz de causar danos irreparáveis como o caos social causado
pela corrupção que emporcalha o nosso país.
Nós
somos os responsáveis pelo futuro de nosso município, estado e nação!
Borda da
Mata, 15 de janeiro de 2.016
Gustavo
Dantas de Melo