Introdução

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O meu objetivo é o de colaborar para a construção de um mundo melhor. Com este intento, pretendo que este espaço seja recheado de pensamentos, poemas, poesias, quadras e textos de minha autoria e de autores diversos.

Espero que a leitura das matérias aqui publicadas lhe tragam descontração e prazer.

Meus dados biográficos:

Gustavo Dantas de Melo, natural de Borda da Mata/MG. Sou filho dos saudosos Agenor de Melo e Maria Dantas de Melo. Casei-me com Maria Jóia de Melo, filha do comerciante Luiz Jóia Orlandi e Maria Delfino Jóia, donos do antigo “Bar do Ponto”, que serviu como o primeiro terminal rodoviário de Borda da Mata. São nossos filhos: Regina Maria (namorado Rafael), Luiz Gustavo (casado com Adriana), Rosana Maria (casada com Darnei) e Renata. Netos, por ordem de chegada: Gabriel, Mariana, Gustavo, Ana Júlia, João Vítor e Ana Luíza.

Advogado, professor secundário e universitário. Promotor de Justiça dos Estados de Minas Gerais e de São Paulo, tendo sido titular das Comarcas de Bueno Brandão/MG, São Luiz do Paraitinga, Cruzeiro, Mogi das Cruzes e São Paulo. Encerrei a carreira ministerial como Procurador de Justiça de São Paulo/SP. Atualmente, exerço a advocacia em Borda da Mata, minha cidade natal e na região do Sul de Minas Gerais.

Autor da obra “Reflexões”, editada pela APMP, em 2001, uma coletânea selecionada de artigos publicados durante o período em que fui diretor chefe do jornal “A Cidade” de Borda da Mata. Em 2009, trouxe à lume minhas “Farpas do Coração”, um livro de memórias, em que registro fatos vivenciados em quase meio século de vida familiar, social e profissional. Ao mesmo tempo, revelo personagens e acontecimentos pitorescos da querida cidade natal, transmitindo, sobretudo, minha experiência ministerial e vivência na cátedra do magistério universitário, ao abordar temas políticos e jurídicos de manifesto interesse nacional.



segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

"Corrupção cancerosa"


            Dentre as doenças que afligem a vida humana o câncer ocupa lugar de destaque. A cura desse mal é possível, mas exige muita perseverança, luta e força para recuperação da saúde.
            Paralelamente, na vida social, a corrupção política é o câncer que corrói os recursos públicos e saqueia os cofres do nosso país. É uma doença moral de políticos sem escrúpulo que, em regra, se organizam em quadrilhas para praticar falsificações e estelionatos, com intuito de obter vantagens ilícitas. Não lhes importa se o dinheiro público falta para garantir melhor qualidade de vida à população, especialmente saúde e educação. São insensíveis e indiferentes ao sofrimento dos que morrem por falta de socorros médicos, nem se preocupam com aqueles que continuam ignorantes, sem acesso ao banquete da cultura. Somente lhes interessa engordar suas contas bancárias e de seus familiares. Nada mais. Esses criminosos exalam enxofre e gases fétidos de sua podridão moral.
            E o mais triste é saber que esses bandidos de colarinho branco, paletó e gravata, são protegidos por uma legislação frouxa que eles mesmos aprovam e garantem sua manutenção. Uma legislação repleta de recursos para gerar morosidade dos processos, com previsão de penas insignificantes e desproporcionais à gravidade dos crimes cometidos. Basta mencionar o infame instituto do crime continuado, as benesses da progressão para regime semi-aberto e aberto, cumprido apenas um sexto (1/6) da pena, fiança, liberdade provisória, indultos, etc. Enfim, os meios que asseguram a decantada impunidade brasileira que vale como incentivo ao delito. Assim, resta-nos constatar a dolorosa realidade de que em nosso país “o crime compensa”.
            O Brasil é um país continental, dotado de imensas riquezas naturais. Destaque-se o petróleo, com a imensa bacia do pré-sal que poderia gerar recursos suficientes para assegurar bem estar, saúde e educação de primeiro mundo a todos os brasileiros.
            Contudo, a notória corrupção praticada pelos políticos dos mais altos escalões da administração pública, instalados nos governos e na PETROBRAS, dá outra destinação ao dinheiro público. Não bastasse o superfaturamento de despesas e obras, as notas fiscais frias, comissões ilícitas, propinas e outras práticas odiosas do repertório infame dos corruptos. Não bastasse também a gorda lista de benefícios de um parlamentar a que qualquer leitor pode acessar na internet, com destaque para a verba de gabinete e o famoso “cotão”. Enfim, uma relação enorme de vantagens que atingem a cifra mensal de R$140.620,00. Sendo 513 os deputados, custam ao país perto de um bilhão de reais por ano.
            E essas são as vantagens garantidas por lei, sem levar em conta o que conseguem pelos meios escusos supracitados.
            Cícero, em sua famosa “Catilinária” na língua latina, reclamou: “Quousque tandem , Catilina, abutere patientia nostrae?”
            Diremos nós: “Até quando, políticos corruptos, vocês abusarão de nossa paciência?” Mais cedo ou mais tarde, chegará o dia em que a Carta Magna será alterada, admitindo a aplicação de pena de morte ou prisão perpétua para seus crimes hediondos... Essa reforma da legislação tornou-se indispensável! Segundo a filosofia agostiniana, “assim como é amputada a perna gangrenada para salvar o corpo humano, é preciso eliminar-se do corpo social o membro gangrenado pela corrupção”. É a medida profilática que, atualmente, os brasileiros desejam para expurgar do país o banditismo profissional.
            Borda da Mata, 26 de janeiro de 2.015.
            Gustavo Dantas de Melo

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